segunda-feira, abril 28, 2008

Educação?

A semana passada recebi este texto por mail, de um amigo. Li-o e diz tudo o que eu penso também... E, por isso, aqui está.

Por Alice Vieira, Escritora

"Desculpem se trago hoje à baila a história da professora agredida pela aluna, numa escola do Porto, um caso de que já toda a gente falou, mas estive longe da civilização por uns dias e, diante de tudo o que agora vi e ouvi (sim, também vi o vídeo), palavra que a única coisa que acho verdadeiramente espantosa é o espanto das pessoas.

Só quem não tem entrado numa escola nestes últimos anos, só quem não contacta com gente desta idade, só quem não anda nas ruas nem nos transportes públicos, só quem nunca viu os "Morangos com açúcar", só quem tem andado completamente cego (e surdo) de todo é que pode ter ficado surpreendido.

Se isto fosse o caso isolado de uma aluna que tivesse ultrapassado todos os limites e agredido uma professora pelo mais fútil dos motivos - bem estaríamos nós! Haveria um culpado, haveria um castigo, e o caso arrumava-se.

Mas casos destes existem pelas escolas do país inteiro. (Só mesmo a sr.ª ministra - que não entra numa escola sem avisar…- é que tem coragem de afirmar que não existe violência nas escolas…)

Este caso só é mais importante do que outros porque apareceu em vídeo, e foi levado à televisão, e agora sim, agora sabemos finalmente que a violência existe!

O pior é que isto não tem apenas a ver com uma aluna, ou com uma professora, ou com uma escola, ou com um estrato social.Isto tem a ver com qualquer coisa de muito mais profundo e muito mais assustador.

Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar.

Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs.

E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano. E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.

Durante anos, foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido. Durante anos, foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.

E durante anos os pais e os professores foram deixando que isto acontecesse.

A aluna que agrediu esta professora (e onde estavam as auxiliares-não-sei-de-quê, que dantes se chamavam contínuas, que não deram por aquela barulheira e nem sequer se lembraram de abrir a porta da sala para ver o que se passava?) é a mesma que empurra um velho no autocarro, ou o insulta com palavrões de carroceiro (que me perdoem os carroceiros), ou espeta um gelado na cara de uma (outra) professora, e muitas outras coisas igualmente verdadeiras que se passam todos os dias.

A escola, hoje, serve para tudo menos para estudar. A casa, hoje, serve para tudo menos para dar (as mínimas) noções de comportamento.

E eles vão continuando a viver, desumanizados, diante de um ecrã.

E nós deixamos."

In Jornal de Notícias, 30.3.2008

domingo, abril 27, 2008

As lãs mais apetecíveis...

Com este calor, não é a melhor altura para divulgar este blog... Mas, para quem gosta de trabalhos em lã, vale mesmo a pena!

http://www.maosdesapo.blogspot.com/

Uma cobra no jardim


Uma das habitantes no nosso jardim... Como será quando crescer?!...

domingo, abril 20, 2008

quinta-feira, abril 17, 2008

segunda-feira, abril 14, 2008

Escola mais bonita






Este sábado, a Associação de Pais da Escola EB1 da Várzea de Sintra conseguiu juntar dezenas de pais, crianças e professores numa actividade de melhoramento dos espaços exteriores da escola. A actividade foi um sucesso e nenhum de nós previa tanta adesão! Limpámos todo o espaço de ervas e lixo; plantámos plantas e árvores que os pais trouxeram; começámos a pintar os muros de branco para que depois as crianças os decorem com os seus desenhos em horário escolar; construimos um compostor e até limpámos as sarjetas da escola. Todos gostámos, particularmente as crianças, que trabalhavam entusiasmadas e, entre as várias tarefas, procuravam minhocas para colocar no compostor.


A actividade poderia ter corrido melhor, se tivessemos tido algum apoio da EDUCA, que nunca mostrou o mínimo interesse. Mas avançámos e, com o apoio de algumas empresas, talvez ainda consígamos acabar o que falta: pintar todos os muros, dar largas à imaginação das crianças e tornar a escola um espaço acarinhado por todos!

segunda-feira, abril 07, 2008

História devida

A minha segunda história de vida na antena 1... Quem quiser ouvi-la, clique aqui!

quarta-feira, abril 02, 2008

terça-feira, abril 01, 2008